segunda-feira, 14 de maio de 2012


Universidade Federal de Pelotas

UAB

Poló: Arroio dos Ratos

APE III





BAKHTIN, Mikhail. MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM. 12ª Edição – 2006 – HUCITEC. Capítulos 04, 05, 06 e 07. Pág., 69 a 128.





Magdianna de Carvalho Pereira.

Acadêmica do curso Licenciatura em Educação do Campo.





Este texto traz uma reflexão sobre a filosofia marxista, destacando que a palavra é um signo ideológico, e sua visível preocupação em mostrar o quanto a linguagem tem de dialógica. No capitulo quatro se têm uma ideia que é em meio a polemica de que era objeto o formalismo que se dá a sua leitura. O esforço, que nele se vê, para desenvolver uma filosofia da linguagem de fundamento marxista, sem as loucuras desequilibradas das formulas oficiais, é surpreendente. A qualidade ideológica do signo linguístico, a capacidade própria de suas significações, o caráter diferente que lhes é essencial, o signo como terreno das lutas de classes, as críticas ao caráter conservador quanto às posições formais, as críticas a Saussure e, seu ajustamento à estruturação, As manifestações de afirmação que a semântica atual tanto preza, as análises dos diferentes tipos de discurso (direto, indireto, indireto livre, etc.) são alguns dos assuntos que se encontra, neste texto, discutidos, às vezes, com desprendimento e perspicácia que não deixa a desejar, o texto de Bakhtin (Volochínov) trata a problemática das reações entre linguagem e ideologia de forma a superar as limitações dessas ortodoxias. No capitulo cinco fala sobre língua, fala e enunciação, A língua, é objetiva enquanto sistema de formas normativas, sua realidade descansa na sua qualidade de norma social, e o ponto de vista da consciência do locutor é real. E a realidade linguística está na base do sistema da língua constituindo um fato objetivo externo à consciência individual e independente, neste ponto de vista a língua se apresenta como um sistema de normas imutáveis e rígida. O ato de fala, mais exatamente, seu resultado, a enunciação, não pode ser considerado como individual no sentido da palavra, não pode ser explicado a partir das considerações psicofisiológicas do sujeito que fala. Enunciação é de natureza social. Nestes dois capítulos já podemos observar a relação entre a linguagem, à fala a palavra como signo foi importante durante a pesquisa (entrevista) sobre o em torno da escola quantos sistemas normativos e coletivos ora individuais estão envolvidos neste sentido. No capitulo seis fala sobre a interação verbal, a teoria da expressão do subjetivismo individualista, a enunciação como forma de se expressar, ela se apresenta como uma forma individual, como uma expressão da consciência de cada um, de seus desejos, suas intenções, seus impulsos criadores. A expressão é aquela categoria geral, de superiorioridade, que uni o ato de fala e a enunciação. A enunciação é o produto da interação de dois indivíduos socialmente organizados e, mesmo que não haja um interlocutor real, este pode ser substituído pelo representante médio do grupo social ao qual pertence o locutor, os problema da ideologia na vida cotidiana dos sujeitos, podem-se distinguir dois serem, dois limites, dentro dos quais se realiza a tomada de consciência e a elaboração ideológica. A atividade mental oscila de um a outro. Quanto mais resistente, mais organizada e diferenciada for à coletividade no interior do indivíduo que ele se orienta, mais definida será o seu mundo interior. A atividade mental do outro permite diferentes graus e diferentes tipos de modelos ideológicos. No capitulo sete fala sobre o tema e significação na língua. O tema da pronuncia é individual como nas perguntas que fiz na entrevista, ou seja, o tema da pronuncia é determinado tanto nas formas linguísticas que a compõe tanto pelos elementos não verbais temos que estar aptos a entender a pronuncia, a significação da pronuncia da entrevista feita aos pioneiros e ou lideres da comunidade do em torno da escola provavelmente foi idêntica em todas as pesquisas já feitas a essas pessoas sobre este mesmo assunto, não há tema sem significação ou vice versa. Conclui-se que Bakhtin não vê a língua como um sistema abstrato, mas como uma criação coletiva, parte de um diálogo que pertence a mais de um tipo de ser como uma ponte entre eu e o outro. Ao ver a língua como uma constante interação entre os sujeitos, cada língua passa a ser um conjunto de linguagens e cada sujeito falante abre-se a uma multiplicidade de linguagens, tornando-se, portanto, multilíngues, já que consegue adaptar sua linguagem de acordo com a situação e com o interlocutor. Entre um e outro estão às relações sociais que os permeiam, fazendo com que o Eu e o Tu construam-se mutuamente num processo de colaboração. O Eu constrói-se construindo o Outro: o sujeito falante se constitui a partir da voz de outros. E os capítulos lidos tem muita relação com a entrevista dos lideres e ou pioneiros é que esse trabalho realmente foi uma construção coletiva, baseada no dialogo que pertencia a, mas de um ser, o tema e a significação representada por eles tiveram um novo ponto de vista no caso do entrevistador.

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