Universidade
Federal de Pelotas
UAB
Poló:
Arroio dos Ratos
APE
III
BAKHTIN, Mikhail. MARXISMO E
FILOSOFIA DA LINGUAGEM. 12ª Edição – 2006 – HUCITEC. Capítulos 04, 05, 06 e 07. Pág.,
69 a 128.
Magdianna
de Carvalho Pereira.
Acadêmica
do curso Licenciatura em Educação do Campo.
Este texto traz uma reflexão
sobre a filosofia marxista, destacando que a palavra é um signo ideológico, e
sua visível preocupação em mostrar o quanto a linguagem tem de dialógica. No
capitulo quatro se têm uma ideia que é em meio a polemica de que era objeto o
formalismo que se dá a sua leitura. O esforço, que nele se vê, para desenvolver
uma filosofia da linguagem de fundamento marxista, sem as loucuras desequilibradas
das formulas oficiais, é surpreendente. A qualidade ideológica do signo linguístico,
a capacidade própria de suas significações, o caráter diferente que lhes é
essencial, o signo como terreno das lutas de classes, as críticas ao caráter
conservador quanto às posições formais, as críticas a Saussure e, seu ajustamento
à estruturação, As manifestações de afirmação que a semântica atual tanto
preza, as análises dos diferentes tipos de discurso (direto, indireto, indireto
livre, etc.) são alguns dos assuntos que se encontra, neste texto, discutidos,
às vezes, com desprendimento e perspicácia que não deixa a desejar, o texto de
Bakhtin (Volochínov) trata a problemática das reações entre linguagem e ideologia
de forma a superar as limitações dessas ortodoxias. No capitulo cinco fala
sobre língua, fala e enunciação, A língua, é objetiva enquanto sistema de
formas normativas, sua realidade descansa na sua qualidade de norma social, e o
ponto de vista da consciência do locutor é real. E a realidade linguística está
na base do sistema da língua constituindo um fato objetivo externo à
consciência individual e independente, neste ponto de vista a língua se
apresenta como um sistema de normas imutáveis e rígida. O ato de fala, mais
exatamente, seu resultado, a enunciação, não pode ser considerado como
individual no sentido da palavra, não pode ser explicado a partir das
considerações psicofisiológicas do sujeito que fala. Enunciação é de natureza
social. Nestes dois capítulos já podemos observar a relação entre a linguagem, à
fala a palavra como signo foi importante durante a pesquisa (entrevista) sobre
o em torno da escola quantos sistemas normativos e coletivos ora individuais
estão envolvidos neste sentido. No capitulo seis fala sobre a interação verbal,
a teoria da expressão do subjetivismo individualista, a enunciação como forma
de se expressar, ela se apresenta como uma forma individual, como uma expressão
da consciência de cada um, de seus desejos, suas intenções, seus impulsos
criadores. A expressão é aquela categoria geral, de superiorioridade, que uni o
ato de fala e a enunciação. A enunciação é o produto da interação de dois
indivíduos socialmente organizados e, mesmo que não haja um interlocutor real,
este pode ser substituído pelo representante médio do grupo social ao qual
pertence o locutor, os problema da ideologia na vida cotidiana dos sujeitos,
podem-se distinguir dois serem, dois limites, dentro dos quais se realiza a
tomada de consciência e a elaboração ideológica. A atividade mental oscila de
um a outro. Quanto mais resistente, mais organizada e diferenciada for à coletividade
no interior do indivíduo que ele se orienta, mais definida será o seu mundo
interior. A atividade mental do outro permite diferentes graus e diferentes
tipos de modelos ideológicos. No capitulo sete fala sobre o tema e significação
na língua. O tema da pronuncia é individual como nas perguntas que fiz na
entrevista, ou seja, o tema da pronuncia é determinado tanto nas formas linguísticas
que a compõe tanto pelos elementos não verbais temos que estar aptos a entender
a pronuncia, a significação da pronuncia da entrevista feita aos pioneiros e ou
lideres da comunidade do em torno da escola provavelmente foi idêntica em todas
as pesquisas já feitas a essas pessoas sobre este mesmo assunto, não há tema
sem significação ou vice versa. Conclui-se que Bakhtin não vê a língua como um
sistema abstrato, mas como uma criação coletiva, parte de um diálogo que
pertence a mais de um tipo de ser como uma ponte entre eu e o outro. Ao ver a
língua como uma constante interação entre os sujeitos, cada língua passa a ser
um conjunto de linguagens e cada sujeito falante abre-se a uma multiplicidade
de linguagens, tornando-se, portanto, multilíngues, já que consegue adaptar sua
linguagem de acordo com a situação e com o interlocutor. Entre um e outro estão
às relações sociais que os permeiam, fazendo com que o Eu e o Tu construam-se
mutuamente num processo de colaboração. O Eu constrói-se construindo o Outro: o
sujeito falante se constitui a partir da voz de outros. E os capítulos lidos
tem muita relação com a entrevista dos lideres e ou pioneiros é que esse
trabalho realmente foi uma construção coletiva, baseada no dialogo que
pertencia a, mas de um ser, o tema e a significação representada por eles
tiveram um novo ponto de vista no caso do entrevistador.
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